Veias tributárias insuficientes: o que são e o que fazer

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Ao ler ou escutar que uma veia é insuficiente alguém pode ficar alarmado. Certamente não se trata de algo positivo, mas também não é um problema grave, desde que seja tratado logo. Veremos isso logo a frente.

Entre todas as diferentes veias dos membros inferiores, entre as que mais frequentemente se tornam insuficientes estão as veias tributárias. Por esta razão, elaboramos este artigo para auxiliar a compreender quais são as veias tributárias, como elas se tornam insuficientes e o que fazer quando isso acontece.

Pronta para descobrir as respostas? Continue lendo e vamos ao tema.

O que são veias tributárias?

Para entender o que seja uma veia tributária insuficiente vamos começar por quais sejam as veias tributárias. Assim, as veias tributárias são veias localizadas nos membros inferiores, coadjuvantes no retorno do fluxo sanguíneo ao coração.

Ainda, as veias tributárias, também conhecidas como veias afluentes, coletam sangue nos vasos sanguíneos menores, até veias que tem maior calibre, como a veia femoral, ou ainda, com outras veias profundas através das veias perfurantes.

Embora haja alguma confusão e diferenças de critério mesmo no meio médico, as veias tributárias costumam ser subdividas em:

  • Distais: as veias distais são as tributárias localizadas abaixo do joelho, em qualquer uma das pernas.
  • Proximais: as veias proximais são as tributárias conectadas as safenas que ficam acima do joelho.
  • Suspensas: diferentemente das anteriores, as veias tributárias suspensas não se conectam às safenas, mas sim às veias perfurantes. Por sua vez, as veias perfurantes são as veias que conectam as veias safenas às veias profundas.

Nesta ilustração abaixo evidenciamos os três tipos de veias tributárias nos membros inferiores, identificadas com cores diferentes:

Ilustração com os três tipos de veias tributárias

As veias tributárias insuficientes

Agora que temos claro quais são as veias tributárias, vamos entender melhor como elas podem ter dificuldades em desempenhar sua importante função.

A insuficiência de qualquer veia é algo infelizmente comum. Estima-se em mais de 20% da população brasileira e mundial tenham algum dos quadros descritos na insuficiência venosa crônica.

Desde os casos de menor gravidade até aqueles com consequências mais indesejáveis, as veias atingidas passam a ter dificuldade em cumprir a função de permitir o retorno da circulação sanguínea até o coração. Isto pode acontecer pela dilatação das paredes das veias relacionadas com a dificuldade de funcionamento das válvulas.

Quando este quadro recém descrito atinge alguma das veias tributárias, em que elas passam a ter dificuldade de permitir o retorno do sangue ao coração, tipicamente com o refluxo sanguíneo, temos a insuficiência das veias tributárias. Esta insuficiência irá se traduzir em alguma das doenças inseridas dentro da insuficiência venosa crônica (IVC), inclusive aquela que conhecemos como varizes.

Vejamos melhor como.

Ectasia de veias tributárias

Quando as veias se tornam insuficientes, quase sempre se verifica a ectasia das mesmas. O termo médico significa que uma veia ou vaso está dilatado, uma das características da insuficiência venosa.

Assim, quando as veias tributárias se dilatam temos a ectasia delas. Por consequência, haverá deficiência na circulação sanguínea na região, com aumento da pressão nas paredes das veias.

Tributárias varicosas em membros inferiores

Quando as veias tributárias se tornam insuficientes um dos cenários mais frequentes é o surgimento de trechos de veias varicosas.

As veias de uma ou ambas as pernas podem ser acometidas pela insuficiência, resultando em algum tipo de variz como, por exemplo, as telangiectasias ou os vasinhos.

É fundamental que o indivíduo acometido busque auxílio para diagnóstico médico preciso e, se necessário, trate as tributárias varicosas antes que elas evoluam para algum quadro mais grave ou mesmo comprometam outras veias.

Tratamentos para tributárias insuficientes

Depois de entendermos quais são as tributárias, como elas se tornam insuficientes e as chances de surgirem varizes, agora entenderemos um pouco melhor os tratamentos possíveis para as tributárias que se tornam insuficientes.

Com a premissa de que somente o diagnóstico médico é capaz de indicar um tratamento para cada caso específico, contando também com a investigação por imagem com ecodoppler. Dito isso, os seguintes tratamentos são aqueles mais atualizados e utilizados no tratamento das veias tributárias:

  • CLaCS: nesta técnica moderna de escleroterapia, utiliza-se o laser para a ablação do trajeto varicoso, somado a realidade aumentada (VeinViewer) e o resfriamento da pele.
  • ASVAL (Ablação Seletiva das Varizes sob Anestesia Local): a técnica ASVAL tem como objetivo a secagem das veias tributárias doentes que estão ligadas a veia safena.
  • TEThA (Transfixing Endovenous Thermal Ablation): neste tratamento a mesma agulha passa diferentes vezes pela parede da veia em tratamento, fazendo a ablação térmica interna e externamente.
  • ATTA (Ablação Total Térmica Assistida):  a técnica ATTA é similar a TEThA, porém neste caso são feitas múltiplas punções, sempre dentro da veia. Isso acontece em função da veia tratada não ser retilínea e a necessidade de tratar todo trajeto varicoso.

Se você ou algum conhecido está com uma veia tributária insuficiente, ou mesmo alguma outra veia, o primeiro passo para é a consulta médica com cirurgião cardiovascular. Entre em contato para agendar a sua.

Enquanto isso, alguns comportamentos são favoráveis a saúde de maneira em geral e da circulação sanguínea em especial. Leia como a nutrição e a atividade física podem beneficiar todos nós.

Para aprofundar o tema, leia também estas fontes:

  • mais sobre veias tributárias no portal Phlebologia, em inglês.