Neste post vamos entender as principais modalidades da escleroterapia para varizes. Além disso, vamos também comparar a escleroterapia com outra técnica utilizada para a remoção de varizes: a CLaCS ou cryo-laser cryo-sclerotherapy.
Antes de mais nada, é importante lembrar que tanto varizes quanto outros quadros similares e com frequência confundidos entre si como vasinhos, telangiectasias e aranhas vasculares são manifestações diferentes do mesmo quadro, a insuficiência venosa crônica.
Sem dúvida, a melhor estratégia para se evitar as varizes passa pela manutenção da boa saúde do indivíduo, com o adequado funcionamento da corrente sanguínea. Quando isso não acontece, a medicina oferece diferentes tratamentos. Então, vamos conhecer alguns deles.
Índice:
O que é a escleroterapia para varizes?
Para entendermos as diferentes modalidades de escleroterapia é preciso antes ter claro como ela funciona. A nome da técnica decorre de esclerose, “aumento patológico de tecido conjuntivo em um órgão, que ocorre em várias estruturas como nervos, pulmões, etc., devido a inflamação crônica ou por razões desconhecidas.”
No caso da escleroterapia, a forma como o médico provoca o “aumento patológico das paredes da veia afetada” é o que diferencia as terapias disponíveis. O agente usado nesse processo é tecnicamente chamado de esclerosante. Inicialmente, o agente causa um processo inflamatório que leva ao espessamento e ao fechamento da veia. Com o tempo, esse fechamento redireciona naturalmente o fluxo sanguíneo para outros vasos da região, e, por fim, a veia é reabsorvida pelo corpo
Quais os tipos de escleroterapia para varizes?
Agora vamos conhecer os três tipos de escleroterapia para varizes mais difundidos, começando pela espuma.
A escleroterapia com espuma
Este tipo é indicado sobretudo para veias de até 3mm, onde o espaço a ser preenchido é em média maior do que em outros casos. Na escleroterapia com espuma o cirurgião vascular injetará espuma dentro da veia afetada, com auxílio do ecógrafo.
A avaliação médica será o momento em que o cirurgião vascular definirá o plano de tratamento para o caso específico, determinando quantas sessões serão necessárias. Em geral, quanto maior o número de veias afetadas, maior o número de sessões necessárias.
Nossa página sobre o tratamento de varizes com escleroterapia com espuma tem mais detalhes para você conferir.
A espuma chama-se polidocanol
O líquido injetado, comumente conhecido como espuma, é na verdade polidocanol misturado com ar. As concentrações variam de 0,5% até 3%. Os nomes comerciais mais difundidos são o Asclera, Aethoxysklerol e o Varithena, cujo laboratório produziu este vídeo que permite visualizar como a espuma funciona dentro da veia:
A espuma contendo polidocanol irá causar a fibrose da parede da veia tratada, com diminuição do espaço para que o sangue escorra. Com isso, as varizes diminuem ou mesmo desaparecem.
A escleroterapia de varizes com glicose
Como você já estará corretamente pensando, nesta modalidade de escleroterapia a glicose é o agente esclerosante empregado pelo médico.
Usualmente indicada para veias e vasinhos um pouco menores, até 2mm de diâmetro, injeta-se a glicose na veia afetada, causando o processo inflamatório que por fim provocará a absorção da veia pelo organismo. Aqui você pode ter mais informações sobre a secagem de vasinhos.
Por fim, a solução injetada contendo a glicose costuma ter concentração de 50 ou 75%.
A escleroterapia a laser
Na escleroterapia a laser há uma diferença importante em relação às outras duas: não há injeção de esclerosante na veia. A saber, neste tipo de escleroterapia disparos de laser são feitos em proximidade da pele.
Seu uso mais frequente é para varizes de pequenas e médias dimensões, próximas a superfície da pele. Um exemplo disso são as telangiectasias.
Quanto a sua ação, o uso do laser como esclerosante provoca o fechamento da veia na região afetada. Posteriormente, esta região é absorvida pelo organismo e o sangue é redirecionado para outros vasos da região.
Já a quantidade de disparos e a potência do laser, além do número de sessões, serão sempre objetos de avaliação por parte do médico.
Diferenças entre a escleroterapia para varizes e a CLaCS
Agora que vimos as principais diferenças entre as escleroterapias mais difundidas, vamos entender a diferença entre elas e a CLaCS.
Como detalhamos na página do tratamento de varizes com CLaCS, a técnica é a mais recente e sofisticada para o tratamento de varizes. Assim sendo, nela se utilizam:
- a realidade virtual para a visualização das veias na região a ser tratada, conhecida como view viewer;
- o uso de jatos de ar frio na superfície da pele para efeito anestésico;
- o laser transdérmico para o tratamento da veia;
- a glicose hipertônica para complementar a ação do laser nas veias reticulares.
Nesta imagem temos três dos quatro elementos em ação, em tratamento dentro da nossa clínica:
Portanto, a diferença substancial entre a CLaCS (que não deixa de ser também um tipo de escleroterapia) e a escleroterapia a laser é o uso das técnicas citadas acima.
Com efeito, o uso delas irá possibilitar o tratamento de veias um pouco maiores do que aquelas tratadas somente com o laser. Com isso, um número maior de pacientes pode contar com um tratamento mais confortável, seguro e sobretudo preciso.
Aqui, você poderá ler mais sobre a CLaCS e seu antes e depois.
Qual a escleroterapia certa para o seu caso?
Em conclusão, agora você poderá estar se perguntando qual o tratamento mais indicado ao seu caso. Pois a resposta é: depende. Primordialmente, a avaliação médica é o instrumento para identificar as varizes existentes e propor os tratamentos indicados.
Por vezes, o paciente terá a opção de mais de um tratamento, podendo escolher. Já em outras, um único tratamento poderá ser o indicado. Para tanto, consulte sempre seu médico para descobrir qual o tratamento mais adequado para suas varizes. Sua saúde agradecerá.